Caio
Nunez: a natureza em um grito de liberdade no EP “Akinauê”
Dono de uma voz
doce, levemente rouca e cheia de verdade nas suas emoções, Caio Nunez surge
como um dos cantores e compositores mais criativos de sua geração. Misturando
MPB setentista com ritmos afro e pitadas de sons latino americanos, Caio
surpreende em “Akinauê”, seu EP de estreia.
“Esse nome
surgiu como uma onomatopeia espontânea quando eu estava compondo uma das
músicas do EP chamada “Floreia”. Me lembro que me senti tão livre quando compus
o arranjo que essa ‘palavra’ me veio no meio do processo. Poderia ter sido
um ‘lá, lá, lá’”, explica o cantor. “Eu já tinha pensando num conceito de
liberdade para fazer o EP, musicalmente falando. Aí na hora de batiza-lo,
‘Akinauê’ me veio de primeira como o maior sinônimo de liberdade que eu já
havia sentido”.
Influenciado
pelo pai músico, ele começou a tocar muito jovem. Sempre com música por perto,
dos discos de Rock dos anos 80 dos pais até as cantigas de ciranda cantaroladas
pela vó, Caio foi influenciado por diversas correntes artísticas e musicais.
Hoje ele lista como suas maiores influências o trabalho de Gilberto Gil, Novos
Baianos e Alceu Valença.
O papel desses
artistas na vida de Caio é sentido desde o primeiro segundo do EP que foi produzido
pelo cantor junto de Thiago Miguel, e que contou com mixagem e masterização de
Fred Tafuri.
Nas canções, o
papel da cidade opressora da música recente carioca some perante a
grandiosidade, quase espiritual da natureza. Caio canta o Sol, as flores e
folhas como se elas fossem parte de um amor.
“O maior ímpeto
foi a necessidade de colocar para fora tudo que eu absorvi durante a vida”, ele
conta. “Sempre tive vergonha de mostrar minhas músicas para as pessoas,
principalmente por serem uma tradução muito pessoal de como eu observo o
mundo.
Mas então, depois de participar de um festival percebi que o sentido disso tudo era justamente jogar essas canções no mundo para que esse meu ofício de compositor continuasse em movimento”.
Mas então, depois de participar de um festival percebi que o sentido disso tudo era justamente jogar essas canções no mundo para que esse meu ofício de compositor continuasse em movimento”.